Oitavo andar
quinta-feira, abril 22, 2004
Fiz aquele anúncio e ninguém viu. Pus em quase todo lugar
a foto mais bonita que eu fiz,
você olhando pra mim.
Alto aqui do sétimo andar longe eu via você
e a luz desperdiçada de manhã no copo de café.
Deus sabe, o que eu quis foi te proteger
do perigo maior que é você.
E eu sei que parece o que não se diz...
o seu caso é o tempo passar.
Quem fala é o doutor.
Parece que foi ontem eu fiz aquele chá de habu
pra te curar da tosse e do chulé, pra te botar de pé.
E foi difícil ter que te levar àquele lugar...
Como é que hoje se diz? ...você não quis ficar.
Os poucos que viram você aqui
disseram que mal você não faz.
E se eu numa esquina qualquer te vir
será que você vai fugir?
Se você for eu vou correr!
Se for eu vou...!
quarta-feira, abril 21, 2004